Emblema do 4ª é dia da bola

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Emblema do 4ª é dia da bola

Velhas Glórias

Esta página é dedicada às velhas glórias que passaram pelas
jogatanas de 4ª e 5ª à noite


Tony – Um jogador sénior, experiente, que usufrui de desconto na mensalidade em % igual à sua idade*, é uma mais valia e uma peça crucial na equipa onde está inserido. Consegue, em fracções de segundo, proceder a uma avaliação escrupulosa e criteriosa de cada lance do jogo e agir em conformidade de forma a garantir o melhor resultado para a equipa. Não raras vezes desiste de abordar determinado lance, não porque lhe pese a responsabilidade dos anos, mas sim porque o lance, muito provavelmente não ia dar em nada. Com a frescura física que revela, faz corar de vergonha muitos dos jovens que abafam ao primeiro sprint.
* Campanha válida de 1 de Fevereiro de 2012 a 31 de Março de 2013. Não acumulável com outras campanhas em vigor.

Sérgio (Quelhas) – É um excelente adversário, não só pelo fair-play que demonstra em cada jogo,

mas também porque joga quase sempre contra a sua equipa. O seu passado no andebol não lhe conferiu nenhuma vantagem para o futebol – outra coisa não seria de esperar – contudo é de realçar uma ou outra virtude que possui e que faz questão de explorar em cada partida; é um gps ambulante. Sabe sempre o caminho mais directo, mais simples e mais económico para alcançar a baliza adversária. Mas por incrível que pareça, escolhe sempre o mais complicado, mais atalhado e atabalhoado que existe. Não é à toa que lhe chamam “O Quelhas”... O google maps com o seu street view foi inspirado nesta sua vertente. É o tipo de jogador a considerar, caso a equipa se veja num beco sem saída, perdida ou desorientada durante um desafio. É só implementar a solução contrária à sugerida pelo próprio. Sucesso garantido.

Ricardo (Primo) – É da família por afinidade mas ainda assim herdou os genes no que se refere a saber jogar futebol. Bastante pragmático e esclarecido na hora de decidir o que fazer com a bola, é um jogador todo-o-terreno e com quem se pode contar no desempenho de qualquer tarefa dentro de campo. Mesmo quando tem que defender as redes não desilude e não compromete. No fim dos jogos, é o segundo a entrar no banho (o primeiro é invariavelmente o Ricardo Sameiras, que não corre nos jogos mas corre para o chuveiro) e o primeiro a sair. Por gastar menos água que os outros deveria ter um desconto na mensalidade. Mas isso abriria um precedente. O Ricardo Sameiras faz sauna dentro do balneário e ninguém lhe pede mais dinheiro por isso.

Nélson (Schon) – A curva de aprendizagem deste jogador tem sido longa mas gratificante e recompensadora. Já apresenta os indíces de resistência elevados q.b. de forma a suportar a totalidade
de uma partida de futebol e a espaços (largos), demonstra alguns pormenores interessantes. Tem sido autor de golos chave em momentos cruciais dos jogos, mas também já permitiu o golo aos adversários em tantas outras situações aparentemente simples de resolver. Revela uma aptidão para a fotografia como ninguém, e insiste em querer jogar com a sua Nikon 70-200 vr 2.8 ao peito, não vá surgir um lance digno de registo e ele não estar prevenido. Sempre que ouve “Dispara!”, em vez de rematar, procura a máquina para tirar a fotografia... Este é sem dúvida o seu maior handicap.

Paulo (Pablito) – Entre os postes é exímio, transmitindo confiança e segurança à sua equipa nos momentos chave de uma partida. Defende com as duas mãos, o que dá imenso jeito sobretudo quando se é guarda-redes e é muito eficaz fora dos postes (com especial incidência nos momentos que antecedem e sucedem os encontros). Sabe ocupar muito bem os espaços, mas também ajuda o facto do seu IMC estar claramente acima do valor de referência.

Carlos – Está careca de saber que a sua acção é preponderante na manobra da equipa onde joga. Um jogador rápido, esclarecido, surge com facilidade nas costas dos adversários (já o temos chamado à atenção – sobretudo os adversários –, mas ele insiste) e faz muito bem pressão à zona (já o temos chamado à atenção – sobretudo os adversários –, mas ele insiste). É com frequência que os adversários tentam tabelar o esférico com o seu corpo, com a sua cara, mas quase sempre o lance resulta em lance de perigo, não para a equipa adversária, mas sim para com este jogador (lesões, etc).


Leonardo – Jogador caçula e filho do Brutus é também conhecido por Road Runner. Está ainda numa fase de aprendizagem mas constata-se que já é um jogador de muita fibra para além de augurar substancial margem de progressão. Muitas vezes não damos pela sua presença em campo e só ouvimos “beep-beep”... Quando nos apercebemos e tentamos reagir ao lance, já é tarde... Herdou a escola do pai no que se refere ao jogo mais “incisivo”. Já tem sido castigado pela autoria de lances mais acutilantes, sobretudo pelo pai, que deixa de o trazer à bola, porque quase sempre é ele a vítima dos ditos cujos...

Puto – Não se deixem enganar pela alcunha. Este jogador já viveu algumas primaveras, mas manteve a candura de um menino na adolescência nas expressões faciais. Nada que uma bolada na cara não resolva, porque um homem é um homem, mas até à data só temos conseguido acertar na cara do Carlos. É um jogador decisivo. Na equipa onde joga e porque ele joga, fica logo decidido à partida: “O puto é nosso? Vamos perder...”.  Mas o próprio não se deixa afectar e pontualmente arranca exibições dignas de um Messi ou um Cristiano Ronaldo... Está em estágio há já alguns meses (já perto de um ano), e diz que regressa às jogatanas assim que o filho (que nasceu no ano passado) for “um homem grande!” Se calhar estava a falar a sério!


Pedro – Adepto do futebol Inglês, ou do futebol do Ramaldense que vai dar no mesmo. Preconiza a teoria do futebol directo, do tipo “...chuta p’ra frente e logo se vê no que dá!”. Um jogador de elevada estatura que entra bem de cabeça e sai melhor com os pés. Dá imenso jeito numa barreira, ou se um poste de uma baliza se partir, por exemplo. Também é excelente para limpar as teias de aranha nos cantos do tecto, sem precisar de uma escada ou de uma cadeira. É bom moço, lá no fundo, dá uns toques na bola (dois seguidos, não mais do que isso) e acaba por ser um dos jogadores com melhor historial em termos de campeonatos conquistados o que por si só, confirma que sabe escolher muito bem as equipas que integra.

Ascenção (Bob) – Jogador algo indisciplinado. Chega antes da hora, como chega tarde, como não aparece, como aparece sem ser convidado. Do pouco futebol praticado que se viu, é o único que mantém um registo imaculado. Cem por cento de eficácia. Em todos os campeonatos que participou, ganhou-os com (de)mérito. Chora durante o jogo por tudo e por nada. Chora se é falta, chora se não é falta, chora se é golo, chora se não é golo. Chora se é fora, chora se não é fora. Chora se não joga, chora se tem que jogar. Esta é a mulher chorona, chora como uma sanfona, arruma as malas, diz que vai embora, pouco depois, se arrepende e chora. Chora de amor, chora de paixão, chora de saudade, chora de emoção, chora quando quer, chora sem parar, mulher chorona, chega de chorar.


Sousa (Ricardo) – Destaca-se por ser um bom executante e é sem dúvida uma mais valia para
qualquer equipa que porventura integre. Necessita porém de constante motivação durante as partidas de futebol por parte dos seus colegas, caso contrário o jogo passa-lhe completamente ao lado, circunstância que por norma agrada aos seus adversários.

NOTA: Muitos outros passaram, mesmo antes da existência deste blog, pelas jogatanas de futebol. A todos sem excepção dedicamos este espaço pois também eles contribuíram de alguma forma para que a prática deste desporto que amamos fosse para além do simples pontapear de uma bola.